ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 09-12-2010.

 


Aos nove dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Paulo Marques, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Carlos Todeschini, o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/10 (Processo nº 3389/10); e pelo vereador Mauro Zacher, o Projeto de Lei do Legislativo nº 180/10 (Processo nº 4167/10). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 879909, 879910, 879911, 879912, 879913, 879914, 879915, 894623, 894624, 894625, 894626 e 894627/10, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Centésima Sexta, Centésima Sétima, Centésima Oitava, Centésima Nona e Centésima Décima Sessões Ordinárias. Em continuidade, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar dos temas “Tecnologia da Informação em Porto Alegre – Presente e Futuro” e “Pequena Casa da Criança”. A seguir, foi iniciado o período referente ao tema “Pequena Casa da Criança”. Compuseram a Mesa o vereador Nelcir Tessaro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, e a irmã Pierina Lorenzoni, Diretora-Presidente da Pequena Casa da Criança. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso I, à irmã Pierina Lorenzoni que se pronunciou sobre o tema em debate. Durante o pronunciamento da irmã Pierina Lorenzoni, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Também, o senhor Presidente concedeu a palavra aos vereadores Luiz Braz, Tarciso Flecha Negra, Dr. Raul Torelly, Aldacir José Oliboni, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol e Toni Proença, que se manifestarem acerca do assunto em debate. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, à irmã Pierina Lorenzoni. Após, o senhor Presidente procedeu à entrega, à Irmã Pierina Lorenzoni, de placa de homenagem à Pequena Casa da Criança, pelos serviços prestados à comunidade porto-alegrense por essa instituição. Em continuidade, foi iniciado o período destinado ao tema “Tecnologia da Informação em Porto Alegre – Presente e Futuro”. Compuseram a Mesa: o vereador Nelcir Tessaro, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; os senhores Eduardo Macluf, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia; Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Gabinete de Inovação e Tecnologia da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – INOVAPOA –; Márcio Luis Miorelli e Reges Antonio Bronzatti, respectivamente Presidente e membro da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Regional do Rio Grande do Sul – ASSESPRO/RS. Após, o senhor Presidente concedeu a palavra, nos termos do artigo 180, § 4º, incisos I e II, aos senhores Márcio Luis Miorelli, Reges Antonio Bronzatti, Newton Braga Rosa e Eduardo Macluf, que se pronunciaram sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se os vereadores Reginaldo Pujol, Engenheiro Comassetto, Toni Proença, João Carlos Nedel, Sofia Cavedon, Bernardino Vendruscolo, Airto Ferronato e Dr. Raul Torelly. Em continuidade, o senhor Presidente convidou o vereador João Carlos Nedel para, juntamente com os demais vereadores, proceder à entrega, ao senhor Márcio Luis Miorelli, de placa comemorativa ao transcurso dos trinta anos da ASSESPRO/RS. Em PAUTA, Discussão Preliminar, 2ª Sessão, estiveram os Projetos de Lei do Legislativo nos 178 e 182/10. Ainda, o vereador Reginaldo Pujol manifestou-se no período de Pauta. Às dezesseis horas e dezoito minutos, constatada a inexistência de quórum, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro, Mauro Pinheiro e Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje temos dois temas a abordar. Vamos começar com a apresentação da Irmã Pierina Lorenzoni, Diretora-Presidente da Pequena Casa da Criança, que irá fazer um relato sobre as atividades desta Instituição. Após, haverá a apresentação sobre Tecnologia da Informação em Porto Alegre - Presente e Futuro, da Assespro/RS.

Estão presentes aqui o nosso Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Inovapoa, e o Ver. Eduardo Macluf, de Pelotas, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia.

A Irmã Pierina Lorenzoni está com a palavra.

 

A SRA. PIERINA LORENZONI: Boa-tarde a todos. Saúdo o Presidente Nelcir Tessaro e os nossos estimados Vereadores, amigos que já conheço de longa data. Com muito carinho, estamos aqui novamente fruto de um convite que nos foi feito para que apresentássemos a entidade Pequena Casa da Criança, que, há 54 anos, vem prestando um serviço não somente na Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre, como também em todo o Estado do Rio Grande do Sul.

A nossa missão se iniciou embaixo de árvores, com um carro-capela, pela Irmã Nely de Souza Capuzzo, fundadora desta Entidade, Missionária de Jesus Crucificado, mesma congregação a que pertenço. Daqui a um mês, fará o aniversário de nove anos de seu falecimento, quando ela partiu para a eternidade, após ter cumprido a sua missão nesta Terra, e fui a indicada - acho que meio empurrada até por Deus, sinto isso - para dar continuidade a essa missão junto à população da Vila Maria da Conceição, junto à nossa Grande Porto Alegre e ao Rio Grande do Sul, onde chegamos através de convênio com a Caixa Econômica Federal e com o Banco do Brasil, atendendo o Adolescente Aprendiz. Inicialmente, gostaria de mostrar a todos - para que eu não fique falando teoricamente - um pequeno vídeo que eu trouxe, um DVD institucional, com duração de 10 minutos, no qual vocês poderão perceber um pouquinho do trabalho que a nossa Casa realiza.

Quero sinalizar, antecipadamente, que esse DVD foi elaborado há quatro anos. Então, os números que aparecerem estão desatualizados, e todos sabem que custa dinheiro para fazer isso. Então, considerem de 10% a 15% a mais nos números de atendimento que aparecerem, desde a data em que foi feito esse vídeo, sobre os 50 anos da Pequena Casa da Criança. Hoje já com 54 anos, a Casa praticamente dobrou o seu atendimento. Por gentileza, peço ao Julio, nosso funcionário, que inicie a apresentação do vídeo.

 

(Procede-se à apresentação de vídeo.) (Palmas.)

 

A SRA. PIERINA LORENZONI: Muito obrigada. Eu acho que, mais do que palavras, é importante a gente ver o que está acontecendo. Eu gostaria apenas de refrisar o que muitas pessoas nos perguntam: “Quem é a mantenedora da Pequena Casa da Criança?” Não é a minha Congregação, ela não tem condições! Quem mantém a Pequena Casa da Criança, quem nos ajuda a levar essa obra para frente são os convênios e doações. E eu diria para vocês que a gente tem muito, muito que agradecer a Deus e agradecer à comunidade, principalmente a de Porto Alegre, que nos ajuda a partilhar alimentos, doações, até em dinheiro - isso vem muito pouco, mas sempre nos ajuda -, e os convênios, porque é através deles que, na verdade, nós podemos dar um atendimento maior a essa população. Como eu dizia, quando a gente está situada no meio da realidade, o grito é constante no dia a dia: o grito pela saúde, pela fome, pela educação, pelo emprego, enfim. É isso que nos leva cada dia a ter uma disponibilidade maior de se lançar a campo na luta, para que possamos buscar os recursos devidos e ver essas pessoas crescerem e ser alguém na vida.

Vocês viram no vídeo que há quatro anos eram 240 adolescentes aprendizes, e hoje nós estamos com 342 adolescentes já empregados no primeiro emprego. A Pequena Casa da Criança não busca apenas dar o peixe, mas ela ensina a pescar, ensina a ganhar. É por isso que a gente se preocupa em educar a criança desde pequena, e já vamos favorecendo a ela e à sua família meios para que eles possam buscar a sobrevivência para deixar de ficar mendicantes e, sim, ser cidadãos e cidadãs que buscam promover a sua própria vida, alimentar a sua própria família, sem tanta dependência. O que nós buscamos hoje? Nós buscamos, como mostrado no vídeo, ampliar o nosso trabalho. Dói muito no nosso coração vermos as crianças da quarta série, ao se formarem no Ensino Fundamental, chorando porque não querem ir para outra realidade. Só que ali terminou o tempo delas, e a gente não tem como continuar o Ensino Fundamental. Nós sonhamos em ter o Ensino Fundamental completo, só que, para isso, nós estamos buscando recursos, ampliando e melhorando o prédio que nós temos até hoje. E nós estamos com um projeto, já lançado no CMDCA, buscando ajuda para construirmos um novo prédio, como foi dito no vídeo, para que possamos dar um atendimento bem maior a uma população, que todos vocês conhecem, que quase passa de 40 mil pessoas, e nós atendemos mil e poucas pessoas. É uma carência muito grande, ainda muito deficitária no nosso campo de ação. Dispomos de muitos voluntários que nos ajudam: médicos, dentistas, professores, educadores, enfim, um campo imenso, e, realmente, só conseguimos trabalhar com essa ajuda. Para vocês terem uma ideia, são 84 funcionários pagos pela casa mensalmente. Nós temos mais de cem pessoas, contando os do Interior do Estado, que intermedeiam o nosso atendimento ao adolescente aprendiz. Já passam de 150 voluntários que conosco abraçam essa causa.

Coloco aqui o agradecimento por este momento, a esta Casa, que, através dos seus Vereadores, das pessoas que se relacionam com vocês, nos têm ajudado. Deixo aqui um grito para que os corações que sejam tocados também possam abraçar essa causa conosco e juntos buscarmos os recursos. A Pequena Casa - sempre digo - não é da minha Congregação, não é de quem a está dirigindo; ela é de todos nós, porque ela está a serviço de todos.

Temos aqui uma representação dos nossos educandos, do SASE, com as camisetas amarelinhas, também alguns dos nossos funcionários estão aqui junto conosco, podendo até ser entrevistados, se quiserem, para que eles falem um pouquinho como se sentem na Pequena Casa.

Nós abrimos a Pequena Casa para que eles tenham a sua segunda casa. No período de férias, as crianças nos acompanham e não saem lá de dentro porque querem atendimento. Temos uma colônia de férias em Tramandaí, para onde, a cada semana, um grupo de crianças é levado, ficando de segunda a sexta, para que eles tenham oportunidade de ter lazer, conhecer o mar, e é como um prêmio pelo que fizeram de bom, pelo comportamento, pela maneira de agir, de ser durante o ano. Quer dizer, muitas das crianças que estão ali também participam dessa colônia de férias, como os idosos, que também têm essa oportunidade.

Para que isso aconteça, nós precisamos ter elementos para que a gente não deixe essas crianças perdidas pela rua. Assim buscamos integrá-las através de convênios, oficinas, algo que a própria casa, com a sua comunidade, com seus educadores, vai criando, para que a gente possa manter o trabalho.

Então, de minha parte, quero agradecer, e vou pedir ao meu pessoal da Pequena Casa que se levante para receber uma salva de palmas, porque este grupo tem nos ajudado bastante. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Convido a Irmã Pierina a fazer parte da Mesa.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Irmã Pierina, eu fico muito feliz em poder vê-la neste plenário, devido ao seu trabalho, que sucede um trabalho portentoso e que serve de exemplo para todos nós, o da Irmã Nely. Eu acredito, Irmã, que todo o trabalho que vocês fazem à frente da Pequena Casa da Criança tem que merecer o suporte do Poder constituído.

Nós, que somos representantes da sociedade, temos a obrigação de fazer com que este trabalho não pare, que ele possa continuar. Com toda a certeza, eu acredito que o Poder Público precisa fazer alguma coisa a mais para que aquelas famílias possam habitar de forma melhor e para que, algum dia, eles possam, através da sua profissão, adquirida com a ajuda de vocês, por meio de um empurrãozinho, como Deus lhe deu, para que a senhora pudesse assumir a direção da Pequena Casa, que eles possam também ser empurrados para ter uma vida própria - e todos têm que buscar isso.

É um orgulho recebê-la, juntamente com este grupo da Pequena Casa na Casa do Povo de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Sr. Presidente, quero parabenizar a Irmã pelo belíssimo trabalho realizado. Tenho assistido, nesses últimos meses, com muita alegria no coração, a uma mudança muito grande na sociedade, com os governantes olhando mais para os nossos jovens, para as nossas crianças. Que maravilha, Irmã! Que Deus a ilumine e a abençoe! E conte com a Bancada do PDT, composta pelos Vereadores João Bosco Vaz, Mauro Zacher, Dr. Thiago Duarte, Juliana Brizola e este Vereador. Nós estaremos juntos, porque esse é um trabalho que o Brasil precisa, é um trabalho que a nossa Porto Alegre precisa, Irmã. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Irmã Pierina, o importante é que a sociedade valorize esse tipo de trabalho que a Pequena Casa já faz há tantos e tantos anos, tendo como sua antecessora a Irmã Nely, e que a senhora leva tão bem. Quanto mais ele se difundir junto à sociedade, mais a gente pode conseguir recursos, conseguir apoio. E a Câmara dos Vereadores, com certeza, fez, faz e vai continuar fazendo a sua parte nesse processo. Cada um de nós, que nos sentimos tocados no coração e no cérebro, porque nós pensamos, sabe a importância do trabalho que a Pequena Casa faz pelas crianças. Todos nós já fomos crianças, tivemos a nossa capacitação, e a Pequena Casa sabe o que é a formação de um cidadão e forma as pessoas para a vida.

Então, eu queria deixar a mensagem positiva do nosso Partido, PMDB, em meu nome e dos Vereadores Sebastião Melo, Bernardino Vendruscolo, Paulo Marques e Haroldo de Souza, e dizer que, realmente, nós estamos juntos. E nós sabemos que Deus, com certeza, está no meio de nós o tempo todo, mas esta Casa, hoje, está ainda mais pujante com a sua presença, que está reforçando também a presença de Deus aqui, neste momento. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, em nome da Bancada do PT, também queremos saudar a Irmã Pierina Lorenzoni e a sua equipe. Eu estava observando os tantos ex-seminaristas - o Antonio, o Joel, o Paulo - que hoje estão se doando também a esse programa tão importante para a sociedade.

Nós ficamos aqui, às vezes, discutindo muito, porque o Poder Público não responde às necessidades da Cidade. Se não houvesse as parcerias com essas instituições, sejam elas religiosas ou não, seria muito mais difícil ainda. Essa contrapartida que vocês recebem com a mão estendida é o mínimo, exatamente, para poder reduzir as desigualdades sociais.

Então, em nome da Bancada do PT, eu queria parabenizar o trabalho de vocês, dizer que estamos sempre à disposição e louvando que logo, logo, o Programa de Saúde da Família - PSF - possa ser construído ali, próximo àquele local, em uma área que já foi cedida pelo Poder Público, que está com uma certa dificuldade para poder implementá-la; mas, inclusive, já defendemos isso aqui muitas vezes, até porque aquela região ainda está carente de atendimento médico.

Parabenizo a Instituição Pequena Casa da Criança, porque isso é uma coisa muito humana, onde a Igreja se faz presente, e, como a senhora falou, a presença de Deus junto às pessoas faz com que elas se motivem e continuem a vida que ganhamos Dele. Um grande abraço e um bom trabalho.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Irmã Pierina, eu lhe dou as boas-vindas em nome da nossa Bancada - do nosso Líder Ver. João Antonio Dib, do Ver. Beto Moesch, que está aqui, e em meu nome - e quero cumprimentá-la por esse belo trabalho que, há tantos anos, a Pequena Casa da Criança faz. O seu trabalho é extremamente conhecido. O importante é que a senhora está aqui lembrando que está na hora de se fazer o investimento para deduzir do Imposto de Renda. Então, isso é muito fácil. Entre no site da Prefeitura, no Funcriança, e lá, escolha a entidade Pequena Casa da Criança e faça a doação via banco - dedução de 6% do seu imposto devido. Portanto, faço um apelo à sociedade porto-alegrense para que faça esse investimento, está na hora, e tem prazo até o dia 29; isso tem que ser feito antes de encerrar o ano. Ao invés de pagar imposto, contribua para a Casa da Criança. Seja bem-vinda.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu quero me agregar, em nome do Democratas, aos cumprimentos à nossa Pequena Casa da Criança, com a qual a gente tem vínculos antigos. Todos nós, de uma forma ou de outra, em algum momento, fomos abençoados por Deus e tivemos a possibilidade de colaborar com esse trabalho positivo que a Irmã Nely Capuzzo iniciou há alguns anos e que a senhora continua, com vários colaboradores que se somam e que, cada vez mais, aperfeiçoam esse trabalho que é hoje realizado.

Quero, naturalmente, dizer à senhora que, juntamente como os demais colegas, nós não faltaremos à Pequena Casa da Criança, ou da forma que o Ver. Nedel, pragmaticamente, já colocou, ou de outra forma qualquer, mas, na verdade, é uma homenagem que fazemos à Irmã Nely por ter iniciado esse trabalho e ter se jogado de corpo e alma sobre ele; à senhora, que continua esse gesto de solidariedade cristã; e aos seus colaboradores, que, de forma tão entusiasta, se somam à senhora e dão à Pequena Casa da Criança essa tonalidade de ser um agente solidário da fé cristã e da prática cristã na cidade de Porto Alegre.

Obrigado por tudo o que a senhora e os seus parceiros têm feito e a certeza de que, em sã consciência, nenhum de nós poderá faltar com a nossa Pequena Casa da Criança. Obrigado por ter vindo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni Proença está com a palavra.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos visitam e nos acompanham no dia de hoje, quero saudar a Irmã Pierina e o trabalho da Pequena Casa da Criança. Como bem mostrou o vídeo que tivemos a oportunidade de ver, essa Instituição se envolve não só com as crianças, mas também com as suas famílias. E alguém, aqui, que me antecedeu - acho que foi o Ver. Luiz Braz - fez uma referência muito oportuna, dizendo que, se nós não fizermos uma intervenção forte no Morro Maria da Conceição, se nós não semearmos um novo desenvolvimento naquela região, com a reurbanização, com a regularização dos lotes, cada vez mais o seu trabalho vai aumentar. É um trabalho maravilhoso, mas nós estamos todos torcendo que o seu trabalho seja diminuído em vez de aumentar, porque, cada vez que a senhora tem mais trabalho, tanto mais a sociedade tem mais problemas, infelizmente, embora vocês estejam corrigindo as distorções resultantes da própria sociedade.

Eu tive a oportunidade, várias vezes, acompanhando a comunidade na Vila Maria da Conceição, de ver que a Pequena Casa, além do cuidado com as suas crianças, com o contraturno escolar, através do SASE, que, na minha opinião, é o único programa que trabalha com prevenção às drogas, o único que tem força, realmente, de disputar as nossas crianças, os nossos jovens com as drogas, principalmente com o crack, em Porto Alegre.

Além disso, tive oportunidade já, por duas vezes, no fim de semana, de ver que a Pequena Casa ainda auxilia atividades culturais na comunidade, emprestando o pátio para a escola de samba e para atividades da comunidade.

Portanto, parabéns ao trabalho da Pequena Casa. Levem a nossa saudação a todos os que lá exercem a sua solidariedade e dignificam o trabalho dessa Instituição. Parabéns!

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Irmã Pierina Lorenzoni está com a palavra está com a palavra para suas considerações finais.

 

A SRA. PIERINA LORENZONI: Com carinho, quero agradecer, em nome de todo o nosso grupo que está aqui e em nome de toda aquela multidão que está atrás de nós, que não está aqui, hoje, pessoalmente; de modo especial, os membros da nossa Diretoria.

No que se refere à nossa equipe, eu tenho a bênção de Deus por ter ao meu lado, na Diretoria, pessoas capazes, pessoas que têm me dado uma mão, posso dizer, de Deus, realmente, em todos os sentidos, porque gerir uma Casa como essa não é fácil, mas sempre que eu tenho necessidade, Deus tem colocado a pessoa certa na hora certa, e isso eu considero uma grande bênção de Deus.

Eu fiquei muito feliz de ouvir todos vocês que falaram que já estiveram lá, que conhecem a nossa realidade, que já, em tantos momentos, contribuíram: como o Ver. Luiz Braz, com campanhas de alimento; como o Ver. Nedel, que, inclusive, oficializou a Rua Irmã Nely e que tem nos auxiliado - muitas vezes eu tenho batido à porta do seu gabinete. Mas vocês, agora, me abriram as portas de todos os seus gabinetes! Cuidado, que eu vou chegar e vou bater, vou bater mesmo! Virei com um grupo de crianças - vocês vêm comigo!

Então, nós vamos somar com vocês, com certeza, vamos nos dar as mãos e vamos melhorar muito mais aquela realidade da Vila Maria da Conceição, para que, na verdade, aquelas pessoas possam se tornar mais cidadãos e cidadãs e para que nós possamos ter menos trabalho; não porque queremos ter menos trabalho, mas porque nós queremos ver a dignidade humana crescendo com os seus direitos e também com os seus deveres.

De coração, obrigada a todos por esta oportunidade, por todo o carinho, por tudo aquilo que vocês colaboram e que têm nos ajudado a crescer. Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): De minha parte, Irmã Pierina, eu quero lhe agradecer os trabalhos prestados e me somar a todas as palavras das senhoras e dos senhores Vereadores; quero me somar às palavras do Ver. Nedel, conclamando para que todos possam, através da página do Funcriança, dedicar parte dos seus valores que serão abatidos do Imposto de Renda justamente para que a Pequena Casa da Criança continue, cada vez mais, atendendo àquela comunidade carente na Vila Cruzeiro. Dessa forma, queremos entregar-lhe uma placa pelos serviços prestados durante todo esse tempo à comunidade porto-alegrense, principalmente na Vila Cruzeiro.

 

(Procede-se à entrega da placa.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos ao segundo tema em Comunicações, que trata da Tecnologia da Informação em Porto Alegre - Presente e Futuro, proposto pelo Ver. João Carlos Nedel.

Convidamos para compor a Mesa o Sr. Márcio Luis Miorelli, Presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Regional do Rio Grande do Sul; o Sr. Reges Bronzatti, da Assespro/RS; o Sr. Eduardo Macluf, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia; e o Sr. Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Inovapoa.

O Sr. Márcio Luis Miorelli, Presidente da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação, Regional do Rio Grande do Sul, está com a palavra.

 

O SR. MÁRCIO LUIS MIORELLI: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; prezados Vereadores, é uma honra muito grande estar, hoje, nesta Casa, a Casa do Povo de Porto Alegre, que cedeu este espaço para homenagear a Assespro, que é a entidade que congrega as empresas de tecnologia de informação do Estado do Rio Grande do Sul.

A Assespro Rio Grande do Sul é uma regional ligada à Assespro Nacional, que é a entidade sediada em Brasília, cujo objetivo é agregar todas as regionais estaduais e representar os interesses de todos os empresários da indústria de tecnologia de informação; indústria essa que tem uma grande oportunidade nas mãos, uma oportunidade de auxiliar no desenvolvimento das nossas cidades, das nossas comunidades, das nossas pessoas, provendo cada vez mais qualidade de vida, trabalho dignificante e condições de desenvolvimento humano.

Hoje, a Assespro Rio Grande do Sul congrega mais de 240 empresas, sendo que, no Estado, somos um contingente de 1.000 a 1.200 empresas que, por sua vez, empregam um contingente muito grande de pessoas; pessoas essas que têm alta qualificação, uma remuneração extremamente adequada e de alto valor agregado. Atualmente, as nossas empresas disponibilizam mais empregos, ou seja, temos vagas abertas, vagas que são tratadas pela associação. Hoje temos de 250 a 300 vagas por mês, abertas, na área de tecnologia de informação, e nos falta mão de obra, nos faltam pessoas, nos faltam pessoas que tenham interesse em entrar na atividade de tecnologia de informação.

Atualmente, nós estamos desenvolvendo vários trabalhos focados em pilares, os quais vou citar aqui rapidamente. O primeiro é o de capital humano, ou seja, a entidade tem uma grande missão nas mãos, que é desenvolver o capital humano de pessoas que possam ingressar nesse mercado, nessas empresas; o outro é a expansão de mercado. Também precisamos estar sempre atentos e desenvolver ações que permitam abrir novos mercados para as nossas empresas, mercados regionais, nacionais e também internacionais.

Quanto à gestão empresarial, todas as empresas, de uma certa forma, precisam de apoio para melhorar a sua gestão, assim como melhorar o seu desenvolvimento, a sua performance dentro do mercado. E a Associação tem o objetivo também de prover ações para melhoria da gestão empresarial dos nossos empresários.

Quanto às questões legislativas, a Associação possui um conjunto de assessores que têm como objetivo fiscalizar, fazer a vigilância de todas as leis que, de alguma forma, venham a afetar o nosso ambiente de atuação, seja na área trabalhista, na área tributária, na área previdenciária, enfim, em todas as áreas da nossa legislação.

Por último, não podia deixar de ser, a inovação. Hoje as empresas de tecnologia da informação são as grandes precursoras de inovação em todos os segmentos econômicos. Nós, Srs. Vereadores, temos o privilégio de sermos um setor da economia que atua transversalmente em todos os demais setores. Ou seja, nós estamos presentes na área do transporte, metalurgia, química, enfim, em todos os setores econômicos.

Todos nós aqui estamos utilizando tecnologia de informação. Todos os senhores têm, nos seus bolsos, um celular que tem programas desenvolvidos pelas nossas empresas. Todos os senhores estão usando notebooks. Nesta Casa, muito belamente informatizada, podemos verificar toda ela com sistemas de informação desenvolvidos pelas nossas empresas. Então, senhores, desenvolver essa indústria é desenvolver a sociedade, é desenvolver não somente as questões específicas econômicas, mas é desenvolver o ser humano, procurando, cada vez mais, dignificá-lo e aumentar a nossa qualidade de vida.

Eu gostaria, neste discurso, de salientar que esta Casa nos ajudou, e muito, nesse desenvolvimento. Tivemos a redução do imposto - ISSQN - de 5% para 2%; uma participação muito forte, a qual agradecemos, do Ver. João Carlos Nedel e também do Ver. Reginaldo Pujol. Com isso tivemos um aumento de arrecadação de 11% nos últimos anos. Isso significa, senhores, que nós temos nas mãos condições de mobilizar os empresários para aumentar, cada vez mais, o potencial da nossa Cidade, Porto Alegre, em relação à tecnologia de informação. Podemos atrair empresários, empresários que empregam, empresários que podem desenvolver produtos, nacionalmente e internacionalmente, com alto valor agregado, com qualidade e sucesso, trazendo para a Cidade o que todos queremos, que é o desenvolvimento social, humano, econômico e cultural.

Eu não poderia deixar de salientar o que chamamos de “ProUni Municipal”, o Unipoa, que teve início em junho de 2010, por uma Emenda do Ver. Nedel, negociada com o Professor Newton Braga Rosa, que trocou imposto por bolsas de estudo para jovens carentes. Hoje, senhores, estamos com 186 alunos matriculados em escolas particulares, que fazem essa compensação do imposto. Assim, podemos ampliar o nosso capital humano, a nossa mão de obra, as nossas pessoas, de quem tanto necessitamos, pois a indústria de tecnologia de informação não desenvolve máquinas, não desenvolve produtos; ela tem como seu principal insumo o capital intelectual das nossas pessoas. Para isso, senhoras e senhores, precisamos prepará-las, preparar os nossos jovens para que, daqui a cinco, dez anos, tenhamos condições de estar mais competitivos, mais autossuficientes nessa questão de capacitação de profissionais da nossa área e também para poder promover a cidade de Porto Alegre no cenário mundial de tecnologia de informação, não desmerecendo outras cidades, isso está na nossa vocação, está na nossa estrutura, e Porto Alegre está com grandes condições de desenvolvimento: temos belas universidades, temos faculdades, temos toda a rede municipal de ensino, que pode ser implementada com cursos de tecnologia de informação, preparando jovens para o futuro. Temos também o Estado envolvido em ações de inovação. Enfim, temos o que chamamos de “tríplice hélice”: o Governo, a academia e as empresas trabalhando em conjunto, trabalhando fortemente para o desenvolvimento do setor, para o desenvolvimento da inovação. Na inovação, Srs. Vereadores, temos como dever preparar uma nossa sociedade que seja capaz de inovar, porque só seremos diferenciados no mundo competitivo dos negócios através da inovação.

Conto com os senhores - não estendendo mais o meu discurso - para nos auxiliarem cada vez mais nesta luta: na preparação das nossas pessoas e no apoio a essas empresas.

Agradeço a homenagem à nossa Associação; agradeço imensamente ao povo de Porto Alegre, que hoje está representado pelos Srs. Vereadores, e quero conclamá-los a entrar cada vez mais nessa linha de fortalecimento desse segmento da nossa sociedade, que é muito importante para o nosso futuro. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Reges Antonio Bronzatti, da Assespro/RS, está com a palavra.

 

O SR. REGES ANTONIO BRONZATTI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, convidados, a minha fala será rápida para aproveitar o tempo aqui.

O Presidente Márcio, da Assespro, já fez as devidas colocações aos senhores, e eu gostaria de colocar aqui apenas dois pontos que considero fundamentais, que, de certa forma, já foram colocados, mas que não custa relembrar.

Porto Alegre tem uma opção, a opção de se tornar uma grande cidade que promova o desenvolvimento tecnológico. Temos todas as condições para isso, todas - o Márcio colocou bem isso.

No nosso setor, como o Márcio bem colocou, nos falta capital humano, pessoas qualificadas e capacitadas para isso. Onde estão essas pessoas? Essas pessoas estão exatamente na apresentação anterior que foi colocada aqui pela Irmã Pierina. Precisamos apoiar e incentivar os jovens carentes a serem atraídos para o setor de tecnologia da informação, para que oportunizem um espaço em suas vidas para trabalharem conosco, a fim de promovermos a cidade de Porto Alegre e, consequentemente, este Estado.

Nesse sentido, eu gostaria de colocar aos Srs. Vereadores um desafio, que é a proposição da Lei de Inovação Municipal. Nós estamos com esta oportunidade em nossas mãos: trabalhar junto com a nossa Agência de Inovação, com o Profº Newton Braga Rosa, para promover isso, e para que possamos destacar e criar um case aqui no Brasil. Nós temos esse momento.

Eu queria só lembrar um dado importante: olhando há 15 anos, países como Coreia do Sul e Índia, que viviam em situações de extrema pobreza em vários setores de sua economia e que, por uma simples razão, começaram a mudar a vida de milhões de pessoas em seus países: apostaram na educação.

Então, o que estamos querendo, como o setor de tecnologia, é que se aposte, cada vez mais, na educação de base e que se tenha uma trilha de formação tecnológica dentro da cidade de Porto Alegre assim como a Assespro vem realizando junto à Secretaria de Educação, para termos um primeiro curso pós-médio municipal que promova desenvolvedores de software. Já temos duas iniciativas de dois colégios Municipais, e hoje esse Projeto está dentro do Conselho Municipal de Educação. Torcemos para que ele seja aprovado ainda este ano, para que, no ano que vem, tenhamos essas duas escolas oferecidas pela Prefeitura Municipal, de desenvolvedores de software, para crianças e jovens carentes.

Então, o nosso espírito é contribuir para a nossa Cidade, para o nosso Estado e para o nosso País. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Sr. Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Inovapoa - Gabinete de Inovação e Tecnologia, está com a palavra.

 

O SR. NEWTON BRAGA ROSA: Meus prezados colegas, é uma satisfação enorme voltar a esta tribuna, depois de um ano e meio conduzindo o Inovapoa, que tem por objetivo identificar em Porto Alegre, novas oportunidades nas áreas tecnológicas. Queremos mudar a matriz econômica da Cidade, incorporando atividades de maior valor agregado, que façam geração de renda e empregos.

Aproveito que estou nesta tribuna para, no espaço de três minutos, fazer uma rápida prestação de contas de algumas realizações do Inovapoa. Vou começar pela última. Muitos de vocês, colegas Vereadores, sabem que fizemos, no sábado, agora, dia 4 de dezembro, na Usina do Gasômetro, a primeira Feira de Coleta de Lixo Eletrônico na cidade de Porto Alegre. Conclamamos a Cidade e os Vereadores. Eu vim aqui, mostrei para vocês e entreguei panfletos a respeito dessa realização. O problema básico é que as pessoas não sabem como descartar, de forma correta, os seus computadores antigos. O Brasil fabrica 3 milhões de automóveis por ano e 15 milhões de computadores, com uma diferença, além desse número enorme que está sendo colocado no mercado: um automóvel roda 30 anos, e um computador, cinco, ou seja, se o lixo eletrônico, hoje, não é o de maior volume, é o que mais cresce.

Aqui há alguns resultados inéditos que nós conseguimos na feira: foram arrecadadas 14 toneladas de computadores que não estavam funcionando; nós nos louvamos, através da manifestação do doador. Foram quatro caminhões do DMLU; meio caminhão de computadores funcionando. As pessoas doaram, inclusive, notebooks, Ver. Oliboni. Esses, em vez de serem encaminhados para reciclagem industrial, foram levados para o Centro Social Marista - Cesmar - do bairro Rubem Berta. O Centro possui uma lista enorme de creches, escolas que precisam de computadores; elas estarão recebendo os computadores dos cidadãos de Porto Alegre, que não precisavam mais deles nas suas casas, mas, que, certamente, vão ter vida útil junto a esse público carente. Eu estou vendo o Ver. Paulinho Rubem Berta. Ele conhece o trabalho do Cesmar, que foi contemplado com esse trabalho realizado pelo Inovapoa, junto com o DMLU.

Mais ainda, fizemos um drive-thru, com a ajuda da PROCEMPA - estou vendo o Cunha lá no fundo -, que colocou a sua infraestrutura para que pudéssemos ter agilidade para fazer o translado dessas máquinas. Foram 450 doadores que passaram pelo drive-thru ao longo de sete horas, Ver. Comassetto.

Aqui temos um dado interessante: foi perguntado sobre quanto tempo as pessoas haviam utilizado aquele equipamento que está sendo descartado agora. Resposta: em média, cinco anos. O mais surpreendente é um outro dado: foi perguntado sobre quanto tempo estavam com esses computadores velhos na sua casa, parados, à espera de uma oportunidade para se fazer o descarte correto. Resposta: em média, três anos. As pessoas tinham esse equipamento há três anos sem saber o que fazer com eles, e alguns tinham há mais de dez anos, ou seja, a Feira justificou seu primeiro objetivo de conscientização da população de Porto Alegre.

Fomos além; estamos agora com elementos para ajudar a definir uma política de resíduos sólidos no Município de Porto Alegre, que é uma obrigação prevista na política nacional. Lá no seu art. 12, há um tema de casa para os Municípios.

A nossa Feira teve a visita de vários Vereadores, o Ver. Nedel apareceu. Tivemos a presença do Ver. Proença, autor de um Projeto de Lei que define normas e procedimentos para o gerenciamento, a destinação e a reciclagem de lixo eletrônico em Porto Alegre. Então, eu tive a oportunidade de dizer ao Vereador, em uma brincadeira, que ele entrou com a Lei, e a Prefeitura de Porto Alegre se antecipava colocando a sua Lei em execução.

Senhoras e Senhores, acho importante deixar claro o papel que nós pensamos, junto ao Inovapoa, com relação a iniciativas com essa. Nós temos a responsabilidade da promoção da tecnologia, mas temos a responsabilidade de saber lidar com os problemas que a tecnologia nos traz.

Eu gostaria também de deixar claro que já temos o primeiro ponto de coleta permanente de lixo na Cidade de Porto Alegre. Na segunda-feira, ou seja, três dias depois da Feira, a PROCEMPA se qualificou, junto ao DMLU, para ser um ponto permanente de coleta de lixo eletrônico.

Então, quem tiver um computador que funcione, mas não sirva mais, leve na PROCEMPA; se não funcionar, leve do mesmo jeito. A PROCEMPA vai fazer um teste e vai dar uma origem diferente, conforme funcionar ou não o equipamento.

Já foi falado a respeito do Unipoa, criamos o ProUni Municipal; eu lembro da contribuição da Verª Sofia Cavedon, quando esse Projeto passou pela Casa, ou seja, Porto Alegre tem um ProUni Municipal, pessoas carentes podem, sim, receber bolsas para estudar. E o objetivo, Vereador, era formar mão de obra na área tecnológica. Como já relatado pelo Márcio Luis Miorelli, existem centenas, dezenas, milhares de postos em aberto à espera de pessoas qualificadas. É uma área sui generis.

Mais ainda, eu estou vendo aqui o Ver. Aldacir José Oliboni, parceiro dentro desta Casa, para trazermos para o Bairro Partenon, na frente do Carrefour, num terreno maravilhoso que pertence à Prefeitura, a Escola Técnica Federal Partenon. Fizemos o esforço, era um conjunto habitacional acoplado no mesmo terreno da Escola Técnica num Projeto magnífico da arquiteta Mara Kaufmann. Estamos ainda na esperança de que o MEC tome a sua opção - e eu conto com a proximidade do Ver. Aldacir José Oliboni e das pessoas que têm essa decisão nas suas mãos.

Eu vou ter que encerrar para não tornar muito alongada esta manifestação, mas não posso deixar de relatar duas conquistas importantes: existem dois eventos de repercussão mundial que estarão sendo realizados em Porto Alegre no ano que vem. Um deles é o Fórum Internacional de Software Livre, destinado a tratar dos assuntos relacionados à Informática, que nasceu junto com o Fórum Social Mundial e permanece até hoje na Cidade de Porto Alegre, realizando a sua 12ª Edição em 2011.

O outro evento foi um trabalho desenvolvido aqui com a Casa e com a participação decisiva do Ver. Comassetto. Em viagens que nós fizemos para a Feira de Hannover, conseguimos - não foi fácil, desde 2008, são três anos - convencer os alemães de que a Feira de Informática, na América Latina, tinha que ser feita no Brasil e que, dentro do Brasil, não era São Paulo o destino correto; dentro do Brasil, deveria ser feita em Porto Alegre. Eu estou anunciando a vocês que a Feira vai ser realizada nos dias 11, 12 e 13 de maio, nas instalações da FIERGS.

Eu encerro aqui, manifestando a minha satisfação enorme de voltar a esta tribuna, esperando ver os colegas, em breve, em outras oportunidades. O Inovapoa está à disposição de todos vocês, da Fernanda, do Dr. Raul, pessoas que me trazem ótimas lembranças. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O nosso Coordenador-Geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa, também Vereador desta Casa, é sempre bem-vindo.

O Sr. Eduardo Macluf, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, está com a palavra.

 

O SR. EDUARDO MACLUF: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; prezados Márcio Luis Miorelli e Reges Antonio Bronzatti, Presidentes da Assespro/RS; prezado Ver. Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Inovapoa, a cidade de Porto Alegre e este Poder Legislativo com certeza devem se orgulhar muito da presença de V. Exª, Profº Newton Braga Rosa. No que tange aos debates deste setor, da Tecnologia de Inovação, V. Exª tem um reconhecimento não só dentro do nosso Estado, mas nacional, pela sua história, pelo seu conhecimento, enfim, pela sua luta em prol deste setor. Parabéns a V. Exª por esta batalha e pelo trabalho que vem realizando à frente do Inovapoa.

Prezado Ver. Nedel, proponente desta homenagem aos 30 anos da Assespro, V. Exª dá oportunidade de que esta Casa, junto com a comunidade de Porto Alegre, possa debater este tema tão caro e tão importante para a sociedade porto-alegrense, para a sociedade gaúcha, e, enfim, para a sociedade brasileira.

Eu fico satisfeito ao saber que este Poder Legislativo é sensível a esta causa, no momento em que há alguns anos esta Casa aprovou um Projeto de Lei de redução de ISSQN para o setor de TI; quando esta Casa aprovou também um Projeto de Lei do ProUni Municipal, importante para qualificação da mão de obra do setor, dando oportunidade aos nossos jovens da Capital do nosso Estado, e pela percepção das Sras Vereadoras e Srs. Vereadores da necessidade da aprovação de uma Lei da Inovação Municipal. A exemplo, nós temos o Estado do Rio Grande do Sul, onde aprovamos a Lei de Inovação no ano de 2009, um Projeto de Lei de uma determinação da Governadora Yeda Crusius, mas, mais do que isso, um Projeto de Lei que foi construído junto com a sociedade. Naquele momento, se debruçaram sobre a mesa não só os técnicos da Secretaria de Ciência e Tecnologia, da Secretaria da Fazenda, da Secretaria de Planejamento, enfim, mas mais importante do que a presença do Estado foi a presença ativa da Academia e do setor produtivo. Entidades como a Assespro, e tantas outras, o Professor Newton Braga, um dos expoentes na constituição dessa legislação estadual, foram responsáveis para a construção deste corpo legal, que foi aprovado por unanimidade pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Vejam, senhoras e senhores, que este tema “inovação” transcende ideologias partidárias, transcende governos, e nós conseguimos a aprovação desta Lei importante para o Estado do Rio Grande do Sul por unanimidade do Poder Legislativo do Estadual.

Eu não tenho dúvida, prezado Reges, Márcio, prezado Professor Newton, Ver. João Carlos Nedel, de que esta Casa será sensível, também, quando o debate chegar a este Plenário para a aprovação de tão importante Lei para o desenvolvimento socioeconômico da nossa Capital.

Falamos aqui no setor de TI, mas falamos também em geração de emprego e renda para esta Cidade importante no cenário gaúcho.

Por isso, Srs. Vereadores, não pretendo me alongar, mas é o momento de parabenizar este Poder Legislativo pelas suas demonstrações de sensibilidade e pelo reconhecimento da importância deste setor, pela oportunidade que dão para que a Assespro possa vir aqui e falar um pouco desse segmento importante para a sociedade gaúcha, que tem o seu crescimento reconhecido nacionalmente.

Temos a constituição dos nossos parques tecnológicos. Amanhã estaremos comemorando a ampliação do espaço do Tecnopuc, aqui no Município de Porto Alegre. Temos outros dois parques tecnológicos já constituídos no nosso Estado, o Valetec e o Tecnosinos. Enfim, são mais 11 parques credenciados, no Estado do Rio Grande do Sul.

Vejam as senhoras e os senhores a importância do tema que o Ver. João Carlos Nedel oportunizou para que as senhoras e os senhores e a comunidade Porto Alegre pudessem ter um pouco mais de conhecimento, como também dos números apresentados aqui pela Assespro e pelo Profº Newton Braga.

Senhoras e senhores, é um privilégio para mim estar aqui falando numa tribuna do Poder Legislativo, eu, que sou Vereador no Município de Pelotas, licenciado, exercendo neste momento a função de Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia. E sou filho de um homem que, durante 40 anos atuou no Poder Legislativo Municipal de Pelotas. Fico feliz em saber que esta Casa Legislativa, com a pluralidade dos Partidos aqui representados, na representação das senhoras e dos senhores, discute temas tão importantes para a sociedade como os apresentados aqui.

Foi um privilégio, um prazer retornar e reencontrar alguns amigos e poder contribuir, de certa forma, para o desenvolvimento local da nossa Capital gaúcha, que é o Município de Porto Alegre. Um forte abraço e uma boa-tarde a todos os senhores. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Tenho muita satisfação em ocupar a tribuna nesta hora por algumas razões especiais, sendo que uma, Ver. Toni Proença, é sobremaneira importante: é a confirmação da máxima bíblica que diz que “o fruto não cai longe da árvore”. Ouvindo o Dr. Eduardo hoje, aqui, eu senti saudade das lutas importantes que realizamos na afirmação do Parlamento Municipal com o seu genitor, que, durante 40 anos, pontificou não só na Câmara de Vereadores de Pelotas como também na União de Vereadores do Estado do Rio Grande do Sul, sendo meu companheiro permanente, meu apoiador consistente durante os quatro anos em que eu presidi a UVERGS. Fico feliz em te ouvir, Eduardo.

Quero, com a maior autoridade possível, já que eu sou, digamos assim, claramente colocado à margem do processo político estadual pela atual Governadora, cumprimentá-la. Pelo menos nesse gesto ela foi muito feliz, te colocando na Secretaria de Ciência e Tecnologia; é um passo o final do seu Governo.

 

(Aparte inaudível do Sr. Newton Braga Rosa, Coordenador-Geral do Inovapoa.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu vou fazer chegar até lá, Newton, com os meus cumprimentos.

Nesse assunto, o Newton até me lembrava de algumas coisas que ocorreram, há algum tempo, aqui na Casa, que me deram uma oportunidade singular. Quando nós adequamos a legislação municipal à legislação federal, sobre a tributação do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, eu tive, por coincidência, oportunidade de ser o Relator da matéria - um trabalho que se alongou por muito tempo. Entre os resultados - a Assespro conhece bem -, conseguimos mudar um pouco o conceito da tributação. Quando todos entendiam que a coisa se resolvia simplesmente em discutir alíquota, nós compreendemos, em tempo hábil, que mais importante que discutir alíquota é discutir a base tributária. Com base nesse raciocínio, se construiu uma bela solução, que foi admitida, na ocasião, como experimental, que em dois anos teria que produzir resultados. Então, ocorreu um fato que me agradou muito: um ano após, eu era homenageado pela Assespro, porque os resultados não precisaram ocorrer em dois anos, ocorreram já no primeiro ano. Com a prova provada, eu fiquei massageado no meu ego e na minha convicção liberal de que o imposto exageradamente cobrado é o maior estimulador do não pagamento e de tudo aquilo que decorre pela insolvência das empresas que não conseguem sobreviver a uma carga tributária muito elevada. Por isso eu quero dizer que recebo os dirigentes da Assespro com muita satisfação; fico feliz com o anúncio que o Newton Braga Rosa faz a respeito desses conclaves que deverão ocorrer em Porto Alegre no próximo ano, em 2011. Certamente esta Câmara irá se somar na organização e na criação das condições necessárias para que Porto Alegre possa realmente bem recepcionar aqueles que virão aqui debater sobre o futuro da Tecnologia da Informação - tecnologia importante e fundamental nos tempos modernos.

O Ver. Tessaro, Presidente da Casa, esteve comigo e com o Ver. Dib, hoje pela manhã, e lá nós tivemos uma demonstração prática da importância da Tecnologia da Informação. O trabalho que lá está sendo realizado, colocado à disposição da Empresa e, por consequência, do Poder Público e da própria comunidade tem um resultado excepcional. Só a criatividade da informação isso propicia.

Falta-me de tempo, mas não me falta vontade de saudá-lo com a maior ênfase, com o maior carinho. Volte sempre e continue nesse belo trabalho sobre o qual eu falaria duas horas aqui nesta Casa, mas só me deram cinco minutos, e eu me conformo com os dois minutos de tolerância que o Presidente gentilmente me concedeu. Voltem sempre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; visitantes, convidados, tratar aqui da Tecnologia da Informação é tratar do nosso futuro, do futuro da humanidade, é o tema que mais se desenvolve no mundo, que mais agrega valor ou valores, pois não estamos só tratando do econômico, mas também do social, da geração de tecnologia para os serviços essenciais à vida, à saúde, como a qualificação ambiental, como o desenvolvimento tecnológico para a humanidade em todas as suas dimensões.

Nesse sentido, os nossos cumprimentos à Assespro, que vem fazendo esse belo trabalho aqui no Rio Grande do Sul, que vem se constituindo, dentro do cenário brasileiro, como uma referência do nosso Estado e uma referência nacional. Cumprimento o Miorelli; o velho conhecido e amigo Bronzatti; assim como o nosso Coordenador-Geral do Inovapoa, o colega e Vereador Newton Braga Rosa.

Quero dizer que o Brasil começou a despertar para o tema da Tecnologia da Informação e Comunicação e está se constituindo nacionalmente, podemos afirmar, nesse último período do Governo Lula, que deu continuidade a uma política já iniciada, mas se aprofundou, e muito, nessa construção nacional.

Nós temos diversos Projetos que hoje estão sendo desenvolvidos numa transversalidade, dentro de uma política de desenvolvimento do País, e isso envolve todos os setores, além do setor público, mas, obrigatoriamente, tem que haver a participação da sociedade civil, do setor produtivo e do setor educacional, que pensa, elabora, desenvolve e traduz para a prática e para geração de riqueza.

E, por falar na geração de riqueza, quando aqui discutíamos a legislação, aprendi com o Profº Newton o aprofundamento da Curva de Lafer, que, diminuindo-se o imposto, mas aumentando-se a produção, no final o resultado é superior a um grande imposto, com poucos contribuintes. Então, é melhor muitos contribuintes com um imposto suportável, vamos assim dizer, porque isso gera e dinamiza a nossa economia e propicia, principalmente, que as pequenas e médias empresas se estabeleçam.

E, falando em pequenas e médias empresas, Newton, lembro que aqui, nesta Casa, no dia 21 de janeiro de 2007, na gestão da Verª Maria Celeste, constituímos o Comitê Pró-CeBIT - América Latina, Brasil, Rio Grande do Sul, Porto Alegre -, e fizemos uma longa caminhada nesse período para instituirmos e conquistarmos esse evento, que está anunciado - e gostaria que fosse mostrado pela TVCâmara. Acabei de receber do Antonioni - e quero saudá-lo como um dos grandes trabalhadores do tema - a informação de no dia 11 de maio, do próximo ano, estará se instalando, em Porto Alegre, a sucursal da BITS, ou seja, a CeBIT mundial, com a sua sucursal na América Latina.

Também quero dizer que temos tido informações de que praticamente todos os espaços já estão comercializados, com a demanda de toda a América Latina e de outros continentes. E isso é importante para dinamizar as nossas relações e as nossas capacidades produtivas.

Nós temos dito que não basta produzirmos inteligência, como acontece nos nossos centros universitários, e exportarmos essa inteligência para produzir riqueza e conhecimento lá fora, e depois termos que importar essas tecnologias por altos valores. Nós temos que inverter isso. E essa feira - eu me sinto muito grato pela participação que tivemos, junto com o Newton - torna-se uma realidade. E a Assespro foi uma das entidades que esteve presente conosco em todos os momentos, aqui e na Alemanha. Portanto, nossos cumprimentos. Digo isto em nome também da minha Bancada, do Partido dos Trabalhadores. Conte sempre conosco. Meus parabéns e um grande abraço! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Toni Proença está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, quero saudar, de maneira muito efusiva, o Ver. João Carlos Nedel, que é o proponente desta homenagem; o meu amigo Cunha, que nos honra com a sua visita; o Coordenador-Geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa; o Reges Bronzatti e o Márcio Miorelli, que se manifestaram desta tribuna pelos 30 anos da Assespro.

Como lembrou o Coordenador Newton Braga Rosa, eu sou autor de uma Lei que tramita nesta Casa, que trata do lixo eletrônico. Eu me lembro de que, há alguns anos, não se falava de Tecnologia da Informação; falava-se sempre de uma indústria limpa, que não polui, que gera muitos empregos, que agrega muito valor. Todos nós corríamos atrás do sonho do Vale do Silício. Passado o tempo, constatamos que essa indústria limpa, é verdade, na hora de produzir, ela não polui, mas hoje o resultado desse sucesso é um enorme volume, descartado pela população após seu uso, do chamado lixo eletrônico, que polui, e muito, a natureza por conter metais pesados. Pensando nisso, reuni um grupo de pessoas, discutimos e apresentei a Lei do Lixo Eletrônico que pretende, na verdade, disciplinar o consumo e o descarte de computadores, impressoras, baterias de celular e outros componentes eletrônicos que terminam, hoje, por falta de opção de descarte, poluindo os lixões de Porto Alegre. Mais do que isso, quero saudar a iniciativa do Inovapoa, do Governo Municipal, através do Coordenador Newton Braga Rosa, das feiras de descartes, porque elas, além de prevenir o descarte que viria a poluir o meio ambiente, também são fontes de geração de trabalho e renda e de capacitação. Está aí o Cesmar, no eixo Baltazar, no bairro Rubem Berta, que é uma belíssima experiência e envolve, como bem disse aqui o pessoal da Assespro, Poderes Públicos, a União, o Estado e o Município; a Academia, através da PUC, pois o Cesmar é uma província marista, envolve a iniciativa privada, através da Anvina, e a comunidade, que possibilitaram a construção daquele galpão, que foi uma demanda do Orçamento Participativo.

Eu tive a honra de participar da semente que gerou o Cesmar. Eu quero fazer um desafio para todos nós aqui: que o Cesmar possa ser replicado na Zona Sul de Porto Alegre. Quando nós fizemos uma matéria aqui com a TVCâmara, e fomos ao Cesmar mostrar aquela experiência à cidade de Porto Alegre, eu recebi muitos e-mails e telefonemas justamente com esta provocação, que a gente pudesse fazer uma réplica daquele projeto bem-sucedido na Zona Sul, uma vez que o Cesmar está todo na Zona Norte. O Cesmar já formou mais de 300 meninos e meninas, capacitando-os para a tecnologia da informática; já gerou muitos equipamentos reciclados que são entregues a telecentros e a entidades comunitárias.

Com essa iniciativa da Prefeitura, se antecipa a nossa Lei, e as leis são boas quando criam e estabelecem novos atos ou consolidam e sistematizam comportamentos e hábitos já em uso pela sociedade. Portanto, não há nenhuma incompatibilidade entre a lei que tramita na Casa e a iniciativa do Inovapoa, aliás louvável. A gente podia, somando a tríplice hélice que foi sugerida aqui, o Poder Público Municipal, a Assespro, as entidades empresariais e a comunidade, tentar replicar a experiência bem-sucedida do Cesmar - e a Verª Maristela Maffei tem lá um belíssimo trabalho - na Zona Sul de Porto Alegre, na Restinga ou na Lomba do Pinheiro, num local a ser discutido. É um empreendimento de baixo valor que agrega capacitação, geração de trabalho e renda e preservação do meio ambiente. Parabéns a todos pelo trabalho e parabéns ao Ver. Nedel pela proposição desta tarde de hoje.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Ilustre Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sr. Márcio Luis Miorelli, Presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação Regional do Rio Grande do Sul; Sr. Reges Antonio Bronzatti, que foi o presidente anterior da nossa querida Assespro, e o meu ilustre colega, Vereador e Coordenador-Geral do Inovapoa, Ver. Newton Braga Rosa.

Veja, Verª Sofia Cavedon, como as coisas boas acontecem nesta Casa: a Assespro está comemorando 30 anos de existência; está, Ver. DJ Cassiá, de aniversário, já tem maioridade, já tem experiência com esses 30 anos. Então, ela deveria receber presentes, mas, entre as coisas boas que acontecem nesta Casa, ela nos presenteia com uma visão de ciência e tecnologia existente na nossa Capital. É um presente para a Cidade, Ver. Airto Ferronato, que ela está nos trazendo, trazendo para esta Cidade, que tem vocação para a ciência e tecnologia e para o turismo, que são as grandes indústrias sem chaminé. E a ciência e tecnologia é a grande oportunidade de desenvolvimento.

Nós temos muita coisa a comemorar, muitas coisas boas nesta Cidade. Nós temos um polo forte, que é o Tecnopuc, e, amanhã - aqui transmito o convite a todos os Vereadores -, às 10h45min, será a inauguração do seu novo prédio, que deverá gerar mais dois mil empregos na nossa Cidade, além de gerar mais impostos e desenvolvimento de mão de obra. Que coisa boa!

Em breve, também, Ver. Bernardino, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul colocará o seu campus a serviço da nossa Cidade.

Nós temos duas empresas públicas de Tecnologia da Informação: a nossa PROCEMPA e a Procergs, também representada aqui pelo Dr. Cunha, que vem abrilhantar este momento com a sua presença. Mas, veja, Reges, como isso é importante: eu recebi, no meu gabinete, um jovem - que está ali, sentadinho, o Leonardo Vaccaro - que é estudante desta área. Eu lhe disse que teríamos uma palestra, e ele me disse: “Estarei lá!” E veio todo engravatado; Leonardo, meus parabéns! Veja, Professor Newton - acho que V. Exª foi professor do Leonardo -, como ele está interessado em conhecer mais para aplicar na sua profissão. Ele está estudando ainda, mas já está superinteressado. Que coisa boa isso que acontece em Porto Alegre.

Portanto, meus cumprimentos pelos 30 anos. A Câmara não poderia ficar alheia a esta homenagem a quem tanto tem contribuído para o progresso tecnológico da nossa Cidade. Portanto, a Câmara, depois, irá entregar uma placa comemorativa a esses 30 anos. Parabéns! Sucesso! Muito obrigado pela contribuição em prol do bem de Porto Alegre. Que Deus continue abençoando a Assespro e a sua direção, os seus funcionários e a sua missão de fazer o bem. Parabéns! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Boa-tarde a todos. (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Este tema é apaixonante, sem dúvida nenhuma, porque o Brasil, eu dizia para vocês, vive um momento extraordinário, mas é um momento delicado, porque a história do Brasil é um pouco assim: cresce em uma ponta e tem crise porque não cresceu na outra. O Ver. Mauro Pinheiro, nosso Presidente, sabe bem, porque é da área, que nós ouvimos a fala da Associação Brasileira de Supermercados, que representa os supermercadistas, na qual o Presidente Sussumu Honda dizia que nós vivemos um apagão de mão de obra no Brasil. Hoje eu também escutava a análise e resultados do crescimento no País por um economista que dizia que, quando o Lula entrou na Presidência, tínhamos 12% de taxa de desemprego e hoje temos 6% de taxa de desemprego. Em algumas regiões, em alguns lugares, isso é considerado pleno emprego. Nós temos pleno emprego. O economista citava o exemplo de Caxias do Sul, em que as empresas não têm mais onde buscar trabalhadores em condições de dar conta da produção industrial, Ver. Bernardino, do desenvolvimento econômico em curso no País. Vem aí o PAC 2, quer dizer, vem mais investimento para o crescimento, o Pré-Sal; o Brasil dá um salto e, se a tecnologia não acompanhar, nós podemos voltar ao século passado. Então, é necessário haver formação na área tecnológica, não tenho a menor dúvida. Olhem que, ilustrando o apagão de recursos humanos e trabalhadores, ele dizia que faltavam 30 mil padeiros. Se faltam 30 mil padeiros no País, quantos técnicos na área de Tecnologia da Informação faltam no País, em todos os graus e níveis de complexidade? Eu não tenho noção, mas imagino que sejam muitos. E o Brasil tem condições, sim, de produzir conhecimento, e precisa, para dar o salto para a sociedade pós-industrial, pós-moderna - alguns dizem pós-moderna -, de desenvolvimento nessa área.

Eu quero dizer, Coordenador Newton, que nós tivemos dúvidas sobre o Inovapoa, discutimos bastante, mas como é interessante, escutando-o, ver que temos um setor pensando isso para a cidade de Porto Alegre. Como é estratégico! Quero aqui reconhecer como é estratégico, como é fundamental, porque a Cidade precisa pensar a política, articulá-la com o Estado e com a Nação. O Presidente Lula priorizou a Educação, retomou a construção de escola técnica do ensino técnico e tecnológico, mas nós temos que andar muito mais, articular mais essas duas áreas com as cadeias produtivas. Este é o compromisso do programa de Governo do Governador eleito Tarso Genro. O Tarso está trazendo para Porto Alegre, para o Rio Grande do Sul, nada mais, nada menos do que o Presidente da Capes, no MEC, o Jorge Guimarães, para a Ciência e Tecnologia - e a UERGS é vinculada à Secretaria de Ciência e Tecnologia -, e o futuro Governador quer, com certeza, que o Rio Grande do Sul dê um salto junto com o Brasil. Então, eu acho que nós temos a faca e o queijo na mão. Essa ação de vocês, o conhecimento, a organização pró-ativa, a intervenção pró-ativa na sociedade é muito bem-vinda e vai se fortalecer, nós esperamos, de forma bastante articulada com o Governo do Estado. Contem conosco aqui também, na Câmara Municipal. Parabéns pelos 30 anos, muita vitalidade, muita tecnologia, muita inventividade, para que todos possamos viver melhor. Obrigada. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Colega Ver. Mauro Pinheiro, eu estou aqui nesta Casa há seis anos, mas não me acostumei com algumas coisas ainda. É muito comum eu pedir que deixem aqui o nome das autoridades, para que possamos citar os nomes completos, mas eu ainda não consegui; talvez um dia consiga.

Citando o nome do nosso Coordenador-Geral Newton Braga Rosa, cumprimento todos os senhores aqui.

É evidente que nós estamos acostumados a ouvir muitos discursos de várias entidades, todos muito bem-vindos, que falam da qualificação profissional. Nos últimos tempos, tem se acentuado, cada vez mais, a importância dos cursos técnicos. É verdadeiro, é necessário e é urgente que se faça uma parceria com as escolas técnicas, Professor Ferronato - que ontem fez um belíssimo discurso desta tribuna, falando da matéria que domina. Como é bonito ver alguém assumir com autoridade, da forma que V. Exª assumiu, quando nós tratávamos das Emendas do Orçamento. Ficou evidente que a maioria de nós, Vereadores, não tem a leitura correta de poder ou não poder e de como poder fazer emendas ao Orçamento. No entanto, temos uma Escola do Legislativo e temos um professor aqui - no mínimo, um, que assumiu. E nós não fazemos o tal de curso, não fazemos a tal da qualificação profissional.

Eu fico muitas vezes dividido: parte do meu coração, aqui, e a outra parte, lá, no meu pequeno negócio - desesperado! Às vezes, tomo algumas decisões, Ver. Reginaldo Pujol, equivocadamente; depois, procuro consertar. Agora, o pior de tudo é quando não se tem decisão nenhuma, só se tem discurso, a choradeira toda e a esperança de que as coisas aconteçam.

Se há um lugar, nesta Cidade, onde há uma angústia da população, é onde se trata dos projetos, onde se aprovam os projetos: na SPM, na SMOV. No entanto, eu tenho a impressão de que, se o Corpo de Bombeiros, que visita aquele prédio seguidamente, se os técnicos da Secretaria do Trabalho ou do próprio CREA, que também o visitam seguidamente, fossem dar uma olhadinha, iriam fazer a interdição do próprio prédio.

O Coordenador-Geral Newton Braga Rosa, que aqui está, preside o Inovapoa; as suas instalações - e não é culpa de V. Exª -, olhe, vou lhe dizer...

Eu estava ouvindo o entusiasmo dos senhores e quero cumprimentá-los por isso, mas não há como silenciar sem fazer esses registros; senão dá a impressão de que quem está quieto está concordando com o que está aí. É que nós reclamamos tanto, tanto, tanto que, às vezes, corremos o risco de não sermos bem entendidos, de sermos mal interpretados. E ficamos, às vezes, na insegurança de “falo ou não falo?”, mas eu resolvi falar.

Quero cumprimentar todos. Pena que não estejamos tendo competência para aproveitar essas estruturas que aí estão; tampouco as universidades. Os profissionais saem com muita teoria e pouca prática. “Ah, a universidade não é lugar onde praticar!” Claro que é, também tem que ter lugar para praticar! Os cursos técnicos, os colégios, também têm que dar teoria e prática, porque o coitado do empresariado, quando contrata, quer resultado, e muitos não têm como oportunizar essa preparação. Parabéns aos senhores! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ilustres participantes da Sessão de hoje; senhoras e senhores, inicialmente, quero cumprimentar o Ver. João Nedel pela jornada desta tarde.

Registro que tive a honra e a satisfação de ter trabalhado junto com o nosso Vereador e Secretário Newton Braga Rosa na Secretaria da Fazenda do Estado. Naquela época, V. Exª era o nosso Diretor da área de Informática, e eu assumia as funções de Direção da Escola Fazendária e Serviço de Qualidade da Fazenda do Estado. Lembro-me bem das pendengas que tínhamos lá - e faz parte, sim, do tema da palestra de hoje -, e eu propunha, lá na Escola, alguns treinamentos que causavam um rebuliço total. Na época em que implantei isso - tenho a satisfação de dizer que colhemos frutos daquilo - nós juntávamos, numa sala só, funcionários de nível superior, diretores, outros cargos, pessoas de nível médio e de nível inferior. Muitas vezes, o instrutor tinha menor grau de instrução do que o próprio participante, e em cargo de nível menor. Acontece que o nosso instrutor tinha muito conhecimento específico da matéria que ia lecionar, que era prática. Está certo quem falou aqui que a teoria e a prática precisam caminhar juntas: a teoria sem prática é sonho, e prática sem teoria é fazer as coisas equivocadamente e achar que estamos no caminho certo, e é perigoso.

Naquela época, o nosso Vereador, ex-Secretário Newton Braga Rosa, também tinha lá os seus problemas com a questão da Informática, a nossa matéria de hoje, a Tecnologia e a Informação, porque cada um pensava que queria ser o dono do seu próprio pedacinho. Eu acompanhei de perto aquela luta para fazer com que um centro maior captasse e gerasse a informação, com muito mais qualidade, e eu sei da capacidade do Secretário Newton Braga Rosa, nós convivemos.

Em 1974, eu tive o prazer de ter sido aprovado em concurso e começar a trabalhar na Contadoria do Ministério da Fazenda. Em 1974, 1975, já tínhamos computadores no Ministério da Fazenda, com aquela velha e tradicional fita de papel e outros equipamentos, quando eu fui o Chefe do Setor de Informática - lá se vão muitos anos. Eu tive a oportunidade de acompanhar esse processo.

O desenvolvimento dos povos passa pela educação e também pela informação. Eu tive a satisfação de acompanhar o avanço que ocorreu, bastante notado; sei que tivemos cabeças pensantes no mundo todo e chegamos a este ponto em que estamos hoje. Então, nós, que estamos aqui representando a população de Porto Alegre, temos que ter uma referência toda especial a vocês, jovens, que estão nessa jornada de trazerem aprimoramentos cada vez maiores, porque o desenvolvimento dos nossos povos passa pela Tecnologia da Informação. Vocês estão nessa empreitada. Eu quero, por isso, trazer o meu abraço particular em meu nome, em nome do PSB, e cumprimentar a Assespro pelos seus 30 anos de existência. Obrigado e um abraço a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Ver. Mauro Pinheiro, na presidência dos trabalhos, quero saudar aqui o Regis, o Márcio e o Newton que são os grandes baluartes da nossa tecnologia aqui no Estado, em nossa Porto Alegre. Realmente ficamos felizes em ver como esse setor tem avançado, e muito. Até, aqui na Casa, Ver. Newton, tivemos a oportunidade de proporcionar o Projeto do Inovapoa, que veio para cá, aprovamos, enfim, e hoje já estamos vendo os resultados efetivos. O senhor, que é nosso amigo, que seguidamente está aqui trazendo as demandas da Cidade, tem-nos municiado, e temos acompanhado in loco, como foi o caso dessa Feira, com esses dados tão bem informados aqui.

Eu tenho um entendimento, eu, que sou da Saúde, em 1979, era residente, estava iniciando, lembro da minha formação na Enfermaria nº 29, na Santa Casa, com o Dr. Mário Rigatto, e lá nós tínhamos um laboratório cardiopulmonar, tínhamos a Sala dos Computadores. Assim como o Ver. Ferronato falou aqui, eu também tive a oportunidade de acompanhar. Era uma sala enorme, cheia de móveis que pareciam extraterrestres, e ninguém sabia como funcionavam. Pior que isso, só quando entramos na Universidade e vimos aqueles computadores, por meio dos quais nos matriculávamos, que todos os códigos tinham que ser digitados. Isso faz um pouco mais de 30 anos. E hoje temos os nossos celulares, fazendo comunicação dos mais variados tipos e locais, dando-nos esse acesso irrestrito praticamente. Isso se deve a pessoas que têm essa formação que vocês têm, que têm levado isso em frente, assim como o Ver. Newton, acompanhado do Ver. Comassetto, estiveram na Alemanha, lembro bem disso, proporcionando para Cidade essa Feira que vai acontecer na FIERGS, em maio, que é fantástica, de Hannover, que vai trazer, vamos dizer assim, um braço para cá.

Então, temos visto que as pessoas realmente têm trabalho, têm dinâmica e têm contribuído para a sociedade. E na área da Saúde, não pode ser diferente; nessa área temos a Telemedicina, como bem lembrou o Ver. Nedel, há pouco, o proponente que realmente teve a sua proposta hoje muito qualificada, de trazer toda a área de Tecnologia, para que a Cidade traga esse reconhecimento. A vinda de vocês aqui também é um reconhecimento da cidade de Porto Alegre pelo trabalho que vocês fazem no seu dia a dia. A Telemedicina realmente é um avanço. O Ver. Newton sabe bem - tem contato também com o Hospital da PUC, provavelmente com o Tecnopuc - o que são hoje os procedimentos médicos, em função da qualificação que a tecnologia proporciona, e o que eram há algumas décadas. Isso se reflete em uma vida melhor para as pessoas, em um tratamento melhor por parte dos médicos, em uma qualidade de vida expandida na sociedade. Hoje nós temos uma qualidade de vida maior, temos uma longevidade maior. Quer dizer, cada vez que abrimos o jornal, há alguma reportagem dizendo que, em 1945, o ser humano tinha, em média, 35 anos de vida, vivia durante 35 anos, e era isso; hoje estamos próximos dos 75, em média. Então, estamos nos qualificando permanentemente, e essa qualificação, certamente, passa pela ciência, pela tecnologia e pelos avanços que virão também daquilo que aqui foi falado, que é da capacitação, cada vez maior, da mão de obra. Precisamos ter, realmente, uma mão de obra voltada para as nossas áreas nobres. A ciência e a tecnologia são áreas nobres, assim como é a própria construção civil, que, hoje, queixa-se de falta de mão de obra, não constrói mais, porque não tem mão de obra qualificada. Então, não é mais problema de mercado para baixo, de não ter como construir; ao contrário, construções, dinâmica e mão de obra que tem que ser cada vez mais qualificada. Queria agradecer mais uma vez a vinda de vocês aqui e dizer que sempre somos parceiros para as coisas boas da Cidade. Certamente, vocês só nos trazem essas questões aqui, com a Ciência e Tecnologia cada vez mais fortes. Obrigado. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Convido os Srs. Vereadores a comparecerem à Mesa, junto com o Ver. João Carlos Nedel, proponente, para procedermos à entrega da placa comemorativa aos 30 anos da Assespro-RS. (Lê.): “Câmara Municipal. À Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet, Regional RS, Assespro - RS, a homenagem do povo de Porto Alegre pelos seus 30 anos de trabalho no fortalecimento e na representação institucional das empresas e pela sua grande contribuição ao desenvolvimento tecnológico de nossa Capital. Porto Alegre, 09 de dezembro de 2010. Mesa Diretora.”

 

(Procede-se à entrega da placa.)

 

O SR. PRESDIENTE (Mauro Pinheiro): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4121/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 178/10, de autoria do Ver. Mario Manfro, que inclui a Feira de Artesanato do Rio Grande do Sul – Artesul – no Anexo II à Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses calendários e revoga legislação sobre o tema –, que será realizada na primeira semana de dezembro.

 

PROC. Nº 4169/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 182/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Chácara das Nascentes o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 6034, localizado no Bairro Lomba do Pinheiro.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, como eu sou o último inscrito e quero reafirmar os conceitos que eu já emiti a respeito dos dois assuntos da Pauta. Eu tinha me inscrito, exatamente, para criar condições objetivas de que a Pauta fosse cumprida e essa matéria pudesse tramitar na Casa. Fico grato pela atenção de Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Encerrada a discussão preliminar de Pauta.

Visivelmente, não há quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h18min.)

 

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